Até o momento, o gigante sul-americano acumulou 664.872 vidas perdidas e 30.682.094 infecções pelo patógeno.
O portal Brasil de Fato confirmou que o julgamento será realizado nos dias 24 e 25 de maio, simultaneamente em Roma (Itália), onde fica a sede da entidade, e na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo.
Fundado em 1979, este tribunal é um órgão de opinião, sem efeitos condenatórios do ponto de vista jurídico, que examina casos relacionados a violações com base nas denúncias dos autores de tais crimes perante a opinião pública internacional.
A audiência foi composta por 130 membros indicados pelo Conselho da Fundação Internacional Lelio Basso e a Libertação dos Povos.
O julgamento do presidente de extrema direita será realizado em sua 50ª sessão e o júri é composto por 12 personalidades e um chefe que ouvirá a acusação, elaborada pela advogada e professora Eloisa Machado, da Fundação Getulio Vargas de São Paulo, e as testemunhas do caso.
A denúncia foi apresentada pela Comissão de Defesa dos Direitos Humanos Dom Paulo Evaristo Arns, Serviços Públicos Internacional, Articulação dos Povos Indígenas do Brasil e Coalizão Negra por Direitos.
Além disso, contou com o apoio do Conselho Indígena Missionário e de outras entidades ligadas à defesa dos direitos humanos.
O site de notícias esclareceu que o tribunal é importante porque agora há uma escalada do golpe contra o Estado de Direito.
“Não há melhor momento para realizar este julgamento sobre os crimes cometidos por este governo, seus ministros e especialmente o Presidente da República”, disse o professor Paulo Sérgio Pinheiro, ex-ministro de Direitos Humanos e membro da Comissão de Arns, em entrevista à televisão.
Ele ressaltou que o governo terá o direito de se defender, mas ainda não se sabe se o Palácio do Planalto (sede do Poder Executivo) enviará um representante.
Para o acadêmico, as instituições não funcionam no Brasil, o que ajuda nessa escalada rumo ao golpe que Bolsonaro sonha. Ele disse que, na ordem internacional, tudo é muito lento e há quatro denúncias contra o ex-militar no Tribunal Penal Internacional de Haia, na Holanda, mas as respostas não surgirão em 2022.
“Por isso é muito oportuno instalar este tribunal de opinião para compensar um período de tempo tão longo que consagra total impunidade no âmbito do seu mandato”, denunciou.
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