Em um comunicado da Câmara de Comércio, Indústrias e Agricultura do Panamá (Cciap), ao qual a Prensa Latina teve acesso, essa especifica que esta é a segunda vez em 15 dias que o presidente recebe esse pedido de veto, sem resposta.
A Cciap solicitou ainda a formação imediata de uma Comissão Técnica que no dia 1º de julho, quando começarem as sessões da próxima legislatura na Assembleia Nacional (Parlamento), apresente um projeto acordado pelos diferentes atores impactados e no qual prevaleçam os interesses do país.
A atual iniciativa permite que empresas ou pessoas físicas que adquerirem títulos, ações ou outros instrumentos financeiros emitidos por empresas com projetos fora do distrito do Panamá recebam um crédito de imposto de renda de 100% pelos valores investidos.
O sindicato especificou que a polêmica legislação gera desconfiança por sua falta de proporcionalidade, fiscalização e transparência, ao mesmo tempo em que alerta que o país provavelmente acabará financiando projetos turísticos que não teriam o impacto prometido.
A disposição concede o benefício a um pequeno mas poderoso grupo de promotores turísticos, incluindo as famílias Eleta, Bern e Alemán, com valores registados de 232 milhões, 155 milhões e 71 milhões de dólares, respectivamente, segundo a Cciap.
A entidade indicou que deve haver proporcionalidade em relação ao percentual de isenção fiscal que um investidor recebe para que esteja atrelado ao tamanho e escala do projeto, de acordo com o Plano Diretor de Turismo Sustentável 2030 e a capacidade de absorção e impacto que possam ter o projeto e o destino.
Também defenderam o estabelecimento de mecanismos prévios e posteriores que protejam o Estado, como estudos de viabilidade e viabilidade, impacto nas finanças públicas, impacto social e econômico e certificações ou auditorias.
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