Após 16 longos e desesperados meses, o governo Joe Biden deu os primeiros passos que “marcam um começo na direção certa”, destacou o grupo em comunicado enviado à Prensa Latina.
No entanto, a Brigada advertiu que “não há mudança alguma com os objetivos da política contra a Revolução Cubana. Mas essas medidas de caráter eminentemente migratório são bem-vindas e necessárias”.
Ele observou que a Casa Branca deve começar, incondicional e imediatamente, a desmantelar o bloqueio econômico, comercial e financeiro que há mais de seis décadas tenta sufocar o povo cubano, como exige as resoluções quase unânimes que a Assembleia Geral aprova todos os anos na ONU.
Nesse sentido, ele disse que estão observando com cautela o anúncio feito em 16 de maio pelo Departamento de Estado porque seu conteúdo não esclarece como as medidas serão especificadas ou que tipo de regulamentação será estabelecida para implementá-las.
Ele também agradeceu “o trabalho realizado para melhorar as relações entre nossos dois povos e os governos de outras organizações e pessoas em Miami e no resto dos Estados Unidos e do mundo. Sua solidariedade com o povo cubano é essencial”.
A decisão do governo Biden inclui a eliminação dos limites de remessas, a reautorização das chamadas viagens interpessoais e o programa de reagrupamento familiar, todos suspensos durante a gestão de Donald Trump (2017-2021).
Por sua vez, os voos regulares e fretados para as províncias cubanas seriam restabelecidos e os serviços consulares seriam ampliados em sua embaixada em Havana, “mas nada sobre o bloqueio”, disse a Brigada.
Trump reforçou o cerco contra Cuba com 243 medidas adicionais, muitas delas adotadas à época da pandemia de Covid-19, linha que Biden segue desde que assumiu o país em janeiro de 2021.
Durante sua campanha eleitoral, o então candidato democrata prometeu reverter as políticas de seu antecessor republicano, em vez disso, como presidente, adotou mais sanções contra a nação caribenha.
Precisamente, em sua conta no Twitter, o chanceler cubano, Bruno Rodríguez, alertou que as medidas anunciadas pelo governo Biden “não revertem a política de pressão máxima de Trump”.
As principais decisões destinadas a sufocar a economia cubana, com graves efeitos sobre nossa população, continuam em vigor, destacou.
“Também não pretendem flexibilizar o bloqueio”, acrescentou o chanceler em sua mensagem na rede social.
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