Conforme detalhado em sua conta no Twitter, os representantes de Washington “nem aceitaram processar os vistos da embaixada dos Estados Unidos em Havana”, mesmo quando nos últimos dias a nação do norte anunciou que aprofundaria esse tipo de procedimento.
O governo norte-americano negou visto à delegação da sociedade civil cubana que participaria da Cúpula dos Povos pela Democracia, marcada para os dias 8 e 10 de junho na cidade de Los Angeles, Califórnia.
O evento foi planejado para a presença de 23 cubanos, entre eles cientistas de prestígio, artistas, atletas e jornalistas.
A recusa é uma afronta aos “valores democráticos” que o governo dos EUA e sua Cúpula das Américas pretendem defender, disse um tweeter.
Os organizadores da Cúpula dos Povos publicaram um comunicado expressando sua indignação com a decisão de Washington e pedindo a assinatura de uma petição para que a nação do norte reverta sua medida.
A disposição “é uma afronta ao diálogo e à normalização das relações muito necessárias entre o povo dos Estados Unidos e o povo cubano, que foi injustamente afetado pelo bloqueio ilegal”, afirma o texto.
O evento pretende se reunir em paralelo à IX Cúpula das Américas, também marcada para Los Angeles, que recebeu críticas de governos por suas intenções de excluir países da região como Cuba, Venezuela e Nicarágua.
Em declarações à Prensa Latina, o diretor da organização The People’s Forum, Manolo de los Santos, confirmou que vários movimentos políticos e sociais da América Latina e uma ampla participação de diferentes setores nos Estados Unidos participarão do evento.
“Como a Cúpula do presidente Joe Biden é marcada pela exclusão e pela imposição de uma agenda política, nossa Cúpula reunirá várias vozes de todas as Américas”, disse o ativista dias antes de revelar a recusa de Washington em processar os vistos cubanos.
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