Falando à imprensa, Taher Al Nono, assessor de mídia do chefe do escritório político do Hamas, Ismail Haniyeh, anunciou que este enviou “mensagens claras a muitos líderes e países da região” sobre as consequências da estratégia israelense.
Haniyeh alertou que os planos dessa nação forçarão as milícias palestinas a responder, destacou Al Nono.
Nas últimas semanas, vários deputados de direita, analistas e a mídia israelense pediram ao governo Naftali Bennett que retome os assassinatos seletivos de figuras públicas palestinas.
No centro do alvo está o chefe do Hamas na Faixa de Gaza, Yahya Sinwar, que é responsabilizado pela onda de ataques em Israel após seus pedidos de resistência contra o ocupante. Sinwar deve ser punido, “houve opções para assassiná-lo no passado e haverá no futuro, a decisão será tomada de acordo com a necessidade e as consequências”, disse recentemente o presidente do Comitê de Relações Exteriores e Segurança do Knesset), Ram Ben Barak.
O general Giora Eiland, ex-chefe do Conselho de Segurança Nacional, falou de maneira semelhante.
“Estou começando a ver os benefícios de se livrar do Sinwar, acho que vale a pena discutir, apesar de todas as consequências terríveis”, disse ele.
Enquanto isso, o ministro das Comunicações, Yoaz Hendel, considerou que foi um erro libertá-lo como parte da troca de prisioneiros com o Hamas há uma década.
Em resposta, as milícias palestinas alertaram que retomarão os ataques suicidas e disparos de foguetes contra o Estado vizinho se o exército começar a matar seus líderes.
Durante a chamada Intifada Al Aqsa (2000-2005) as Forças Armadas e os serviços de inteligência daquele país utilizaram sistematicamente essa política, questionada pela comunidade internacional.
De acordo com o Centro de Informação de Direitos Humanos de Israel nos Territórios Ocupados, de 2002 a 2008, pelo menos 387 palestinos perderam a vida nessas operações.
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