O Sindicato Único Portuário e Sucursais Afins (Supra) decidiu por 24 horas a nível nacional em assembleia geral de filiais, na qual os seus dirigentes comunicaram a decisão da firma Montecon, notificada antes de enviar imediatamente 108 trabalhadores ao seguro desemprego.
Os participantes consideraram esta última medida carente de garantias, que o ministro do Trabalho, Pablo Mieres, qualificou como “um avanço significativo”, apesar de ser aplicada por apenas um ano e o sindicato questionar pela incerteza que gera.
Da mesma forma, reiterou-se a desconfiança de que o Terminal Cuenta del Plata, com 80 por cento controlado pela multinacional Katoen Natie, pode presumivelmente reintegrar os demitidos dentro de um ano.
Tampouco está claro o objetivo comercial de aplicar uma redução salarial de 50% dos funcionários que permaneceriam na força de trabalho.
Desde o início do conflito, supra instou o Poder Executivo a encontrar soluções de frente e exigiu que os trabalhadores não arcassem com o custo político do contrato de concessão monopolista do terminal especializado de contêineres à multinacional Katoen Natie até 2081.
O secretário-geral do Supra, Álvaro Reinaldo, culpou essa decisão pela crise com a Montecon, que por sua vez, destacou em nota a “importância da livre concorrência” e exigiu que “a lei seja cumprida e vamos competir”.
O sindicato convocou outra assembleia geral para este dia, uma declaração de apoio à greve em Montecon e o slogan crítico ao governo de que “o porto não está à venda, ele se defende”. ode/h / fav