Ainda não são conhecidos os detalhes do anúncio na noite de ontem na Cidade Luz do atacante francês, que depois de jogar pelas duas equipes com o Paris Saint Germain (PSG), seu atual clube, e o Real Madrid, decidiu permanecer na França.

No mínimo, segundo relatos, haverá um prêmio de assinatura – até 2025 – de cerca de 150 milhões de euros e um salário líquido por temporada na ordem de 50 milhões. Tudo graças aos fundos extraordinários do Catar, cujo emir cuidou pessoalmente das operações financeiras.

A história do prodígio artilheiro se arrasta há cinco anos, quando foi objeto do desejo dos merengues que tentaram contratá-lo do clube de Mônaco.

-PRIMEIRO TEMPO

Em março de 2017, o jornal Marca anunciou o andamento da operação com Mbappé. Ele viria para a “casa branca” com uma transferência de 180 milhões de euros do Mônaco. Quando tudo parecia pronto, ele se arrependeu.

Duas perguntas acabaram como definidoras. O jogador, então com 18 anos, não via claramente o seu papel num Real Madrid que ainda tinha Cristiano Ronaldo, entre outros. Então, poderoso senhor com dinheiro, o PSG igualou a oferta espanhola e dobrou o salário do jogador.

O investimento do Catar foi grande e se somou ao do brasileiro Neymar. Terminaria com ninguém menos que o super astro argentino Lionel Messi e o zagueiro do Real Madrid Sergio Ramos, para completar um elenco de luxo.

Mesmo assim, o PSG nunca conseguiu realizar seu grande sonho, conquistar a Champions League, e este ano foi eliminado nas oitavas de final justamente pelos merengues comandados pelo francês Karim Benzema.

– FINAL DO SEGUNDO TEMPO

Seguiram anos de negociações secretas lideradas pelo técnico do Real Madrid, Florentino Pérez, e o verão de 2021 parecia o clímax. No entanto, o presidente do PSG, o catariano Nsser Al-Khelaifi, o freou. Como o contrato com a equipe parisiense terminou na temporada de verão de 2022, supostamente a “casa branca” se dedicou a esperar pacientemente e ter um compromisso verbal do jogador.

A pressão do Catar foi mais do que evidente e as ofertas subiram para números estratosféricos, nunca antes pagos a um jogador de futebol na história.

“O que o PSG vai fazer renovando Mbappé com grandes quantias de dinheiro (ou seja, onde e como ele os paga) depois de dar perdas de 700 milhões de euros nas últimas temporadas e ter mais de 600 milhões de euros em salários, é um insulto para futebol”, comentou Javier Tebas, presidente da Liga da Espanha.

Foram duas mensagens dos brasileiros Vinicius e Rodrygo nas redes sociais que talvez tenham respondido subliminarmente ao que aconteceu com Mbappé. No entanto, mais claro, embora indireto, foi o uruguaio Fede Valverde no Instagram: “Ser madridista é um privilégio que nem todos podem ter”.

Para alimentar a novela com mais morbidade, o jornal Marca publicou neste domingo uma pequena matéria publicada por Benzema no Instagram em que aparece o falecido rapper americano Tupac, que foi traído em 1996.

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