Enquanto desenvolvem estratégias para proteger seus próprios filhos, os países desenvolvidos e industrializados criam condições insalubres, perigosas e prejudiciais ao meio ambiente global, alerta o relatório.
Por esta razão, a Unicef apela para a correção de tais injustiças e tornar realidade os direitos ambientais de todas as crianças do mundo.
As crianças do mundo crescem agora em ambientes insalubres, rodeados de poluentes nocivos e outros elementos nocivos devido às práticas consumistas dos territórios mais ricos, sublinha o estudo.
Entre os principais problemas, o Unicef aponta uma alta exposição dos menores ao ar tóxico, pesticidas, umidade e chumbo.
Além disso, o relatório detalha que muitas crianças não têm acesso à luz adequada, espaços verdes e estradas seguras.
Esse dano ambiental, diz o Unicef, é consequência do consumo excessivo nos países mais ricos, que contribui enormemente para a emergência climática, esgota os recursos naturais e gera grandes quantidades de lixo eletrônico.
Tais condições afetam não apenas as nações mais humildes, mas também nas mais desenvolvidas, muitos menores estão cercados por ar tóxico, contaminação por chumbo, barulho alto ou paredes mofadas, espaços mal ventilados e lotados.
Dados do Unicef mostram ainda que crianças de famílias mais pobres e grupos marginalizados não têm moradia adequada, o que aprofunda a desvantagem e perpetua ciclos de pobreza.
Fora de casa, explica a entidade da ONU, o aumento das temperaturas, a perda de biodiversidade, os eventos climáticos extremos, a pressão sobre os recursos naturais e o aumento do lixo são prejudiciais tanto para as crianças quanto para o planeta.
De acordo com o estudo, se forem levados em conta os indicadores de emissões de dióxido de carbono, lixo eletrônico e consumo geral per capita de recursos em países como Austrália, Bélgica, Canadá e Estados Unidos, observa-se que o impacto no meio ambiente global é sério e generalizado.
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