Em um fórum organizado virtualmente e em conjunto com a Organização do Setor de Pesca e Aquicultura do Istmo Centro-Americano (Ospesca), discutiram também a aquicultura em pequena escala.
Nesse sentido, os especialistas apontaram a necessidade de fortalecer a resiliência das famílias diante de choques externos que desafiam sua precária capacidade de resposta.
O espaço de discussão foi desenvolvido como parte do trabalho do Comitê Mesoamericano para a Celebração do Ano Internacional das Pescas e Aquacultura Artesanal, criada em 2021 com o objetivo de promover ações voltadas à melhoria das condições de vida desse setor.
O Comitê é composto por várias autoridades desses setores nos países do Sistema de Integração Centro-Americana (SICA), e inclui o México.
Sobre este assunto, o Alto Oficial de Pesca e Aquicultura da FAO para a América Latina e o Caribe, Alejandro Flores, lembrou que, em nível global, a pesca artesanal representa metade da produção total da esfera e isso em seu lugar, emprega 90% da força de trabalho do setor, metade dos quais são mulheres.
Enquanto isso, o diretor regional da Ospesca, José Infante, comentou que, embora todos os países tenham desenvolvido sistemas de proteção social para suas populações, nem todos têm o mesmo acesso a eles, o que gera uma desigualdade que torna esses grupos mais vulneráveis.
Na véspera, no Panamá, sindicatos de pescadores de todo o país protestaram contra a falta de atenção e os altos preços dos combustíveis que também afetam suas entregas.
Após estas manifestações, algumas delas reprimidas por unidades anti-motim, sobretudo na capital, o Executivo convocou uma mesa de diálogo para amanhã, quarta-feira.
Esperam-se representantes da Secretaria Nacional de Energia, do Ministério do Desenvolvimento Agropecuário (Mida), da Autoridade Marítima do Panamá e da Ouvidoria, que ouvirão as reivindicações dos pescadores.
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