A mobilização terá o seu clímax esta quarta-feira durante um comício em frente à sede do Ministério das Obras Públicas e Comunicações, ao qual se juntarão representantes que se deslocam nas últimas horas de outras regiões.
Grupos de agricultores realizaram suas marchas no dia anterior de locais públicos como a Plaza OLeary até a sede nesta capital do Instituto Nacional de Desenvolvimento Rural e Agrário.
Os queixosos carregam cartazes com o tema “legalização, regularização e desenvolvimento de assentamentos”, que é o foco dos protestos, convocados pela Federação Nacional dos Camponeses.
Muitos camponeses permaneceram nos seus locais de reunião desde as primeiras horas desta terça-feira, vigiados por uma forte força policial organizada para controlar a ação, acrescentaram representantes daquela organização.
Os protestos agrários também denunciam a chamada “Lei Zavala-Riera”, promulgada em setembro de 2021, que criminaliza as lutas do setor pela terra com penas de cinco a 10 anos de prisão.
Desde então, lideranças do setor vêm pedindo diversas ações contra essa regulamentação, argumentando que ela beneficia apenas os proprietários, 2,5% dos quais possuem 85% desse recurso.
Segundo estatísticas internacionais, o Paraguai é o país da região com a distribuição de terras mais desigual, dos quais apenas 10% estão nas mãos dos 280.000 pequenos e médios proprietários.
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