O oficial da maior das Antilhas cumpre uma agenda nesta nação andina, convidado pela prefeitura de Pichincha, sede da comemoração dos 200 anos do combate liderado pelo Grão-Marechal de Ayacucho Antonio José de Sucre, que levou à independência do jugo espanhol, ocorrido em 24 de maio de 1822.
“Para Cuba é de grande valor estar no Equador, em Pichincha, nas encostas onde ocorreu a grande façanha da independência equatoriana”, assegurou em entrevista à Prensa Latina.
O representante do governo do país insular considerou o momento oportuno para ratificar os laços históricos de fraternidade entre ambas as culturas e cidadanias.
“Esta é uma oportunidade única para poder acompanhar o povo equatoriano nesta importante celebração e é hora de pensar, repensar a integração da América Latina e contribuir para o desenvolvimento e patrimônio cultural dos povos”, destacou.
Sobre a participação de Cuba no calendário comemorativo preparado pela Prefeitura de Pichincha para o ano do bicentenário, ele especificou que além de ser um dos 12 países presentes na Feira Internacional Libertária, foi representado pelo músico Maykel Blanco e sua orquestra Salsa Mayor, num concerto de várias figuras de várias nações.
A este respeito, explicou que o stand do arquipélago se destacou pela exibição de tradições artísticas, musicais e gastronómicas.
Nesse contexto, Salgado lembrou que continua em vigor a Feira Internacional do Livro de Cuba, evento que contou com expoentes da cultura e da literatura equatorianas, entre eles o escritor e jornalista Orlando Pérez e a socióloga Irene León.
“São espaços de fortalecimento de relações e união”, enfatizou.
Em outra ordem de assuntos, ele anunciou que as duas nações estão avaliando projetos que visam dar continuidade e fortalecer o trabalho em benefício mútuo e para as comunidades.
“É disso que se trata a verdadeira integração. Acredito que sem cultura não há verdadeira integração dos povos, para avançar no desenvolvimento e na sustentabilidade da cultura, do patrimônio e na defesa de nossos povos.”
No marco de sua visita a este território sul-americano, a vice-chefe cubana fez parte de um painel intitulado: “Integração e soberania regional: da independência à globalização”, incluído no programa de Conversações do Bicentenário.
A reunião também contou com personalidades como o vice-chanceler de Honduras, Gerardo Torres, a ministra da Mulher, Gênero e Diversidade da Argentina, Elizabeth Gómez, o senador dessa nação sul-americana, Oscar Parrilli, e o deputado federal do Equador, Pabel Muñoz.
Ela também esteve no Encontro Internacional de Mulheres, que abordou o papel da mulher na ação libertária e na construção de identidades.
Costa Rica, Argentina, Bolívia, Colômbia, Peru, Chile, República Dominicana e França foram algumas das nações representadas nas atividades da Batalha de Pichincha, combate em que participaram soldados de vários territórios da América Latina e da Europa.
Durante sua visita a Quito, Salgado manteve um intercâmbio com pessoal diplomático e missões estaduais aqui credenciadas, no qual ofereceu uma atualização sobre as ações do Ministério da Cultura na promoção do trabalho artístico dentro e fora do território nacional.
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