Num colóquio promovido pelo grupo Hotusa no hotel Eurostars Madrid Tower 5, o CEO e presidente da Amadeus IT, Luis Maroto, e o responsável da Indra, Marc Murtra, reconheceram o potencial crescente da indústria sem chaminés para o verão e em geral no futuro.
Maroto indicou que o movimento de viajantes é significativo, especialmente dos Estados Unidos, alguns países latino-americanos e dentro da própria Europa, com exceção dos casos da Rússia, Ucrânia e países vizinhos devido ao conflito armado naquela área.
“Da Ásia já sabemos das restrições na China e também no Japão, mas confiamos que isso vai mudar nos próximos meses”, disse.
Por sua vez, Murtra destacou que o setor de lazer chegou ao ponto de necessidades cada vez mais urgentes de digitalização, o manuseio da Big Data, desafios que colocam problemas para pequenas e médias empresas (PMEs).
“Tal como a Amadeus, trabalhamos em aconselhamento, formação e ajuda para ajudar as PME a adaptarem-se à nova revolução tecnológica a que assistimos, porque será preciso força e talento para a enfrentar”, acrescentou Murtra.
O responsável da Amadeus admitiu que a questão tecnológica avança com tal grau de sofisticação que exige neste momento um número de especialistas inexistentes, ao mesmo tempo que concorda com o presidente da Indra sobre os compromissos derivados das mudanças climáticas e as medidas respeitosas com o meio ambiente.
Nesse sentido, Maroto refletiu sobre os objetivos de grandes grupos de tecnologia como a Amadeus, maior empresa mundial de soluções para o setor de viagens, de otimizar a localização de passageiros e suas bagagens nos aviões, para reduzir os tempos de viagem.
Indra, através de seu proprietário Murtra, também se referiu ao boom da Inteligência Artificial (IA), o processamento de uma grande quantidade de informação, juntamente com o significado de criar padrões de software mais ágeis e dinâmicos que beneficiem o turismo.
Em um contexto em que as informações adquirem um alcance altamente valioso, a segurança cibernética é essencial para evitar que hackers ou crimes internacionais tentem apreender os dados dos viajantes.
O investimento na digitalização e gestão habilidosa do Big Data deixará herdeiros no turismo do futuro e perdedores para quem não entenda que isso é mais do que uma tendência da moda, concordaram Amadeus e Indra.
Amancio López, presidente do grupo Hotusa, comentou no diálogo dentro das reuniões denominadas “Salvar o turismo”, que nos últimos dois meses se verificou que a maioria das pessoas, após dois anos de confinamento devido à pandemia, apostam em viajar apesar das consequências da guerra na Ucrânia.
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