Andrade se referiu ao “crescimento recorde das exportações” no setor agrícola e disse que “é urgente tomar medidas” para que “não coincida” com a redução dos salários, pensões e investimentos em empresas públicas, habitação e educação.
“Nenhum dos 15 anos do governo da FA teve uma situação tão excepcional no preço desses itens”, ele contrastou em declarações à mídia.
Enfatizou a situação nas cozinhas de sopa, onde os membros vulneráveis da família vêm em busca de alimentos, como “a parte mais crítica”.
A este respeito, ele citou um diagnóstico da Escola de Nutrição, segundo o qual este processo levou a uma deterioração do indicador de insegurança alimentar, que atinge quase 30% dos uruguaios, e 6,0% em condições severas.
O legislador Frenteamplista insistiu na necessidade de que este assunto fosse tratado “seriamente” na Responsabilidade Orçamentária programada para o próximo mês no Parlamento.
Por sua vez, o presidente da força política de esquerda, Fernando Pereira, reiterou que o atual governo de coalizão de direita não cumpriu sua promessa de não baixar os salários e pensões, o que tira o poder aquisitivo das famílias médias, e de investir em 135 escolas secundárias modelo.
O ex-líder sindical afirmou que a atual situação de pobreza “demonstra uma falta de capacidade” do governo, que descreveu como “um governo de anúncios e pouca concretude”.
Ressaltou que mesmo todas as partes que compõem o partido estão propondo medidas para enfrentar a situação de crise dos uruguaios que têm os piores problemas econômicos, o que é um reconhecimento.
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