Na Sala Manuel Galich daquela instituição da capital, o evento dedicou os seus espaços durante três dias à resiliência e criação em cenários pandémicos, ao estudo do património cultural e do espaço virtual como alternativa às limitações impostas pela Covid-19.
O último dia incluirá a pesquisa sobre a permacultura como ferramenta teórico-prática para a criação de assentamentos humanos sustentáveis, especificamente a partir da experiência nesta nação, pela socióloga Jennifer Portelles.
O evento também incluirá uma discussão sobre cenários educacionais regionais, a presença da academia e gestão cultural, sobretudo, o ensino de História da Arte em tempos de pandemia na Universidade de Havana, com os especialistas Odette Bello e Jorge Louis Marrero.
O colóquio também propõe a aproximação da rede latino-americana de estudantes desta disciplina e suas experiências em plataformas digitais, com profissionais latino-americanos da Universidade da Costa Rica e do Centro de Estudos Superiores de La Plata, na Argentina.
Por último, o programa contém um debate sobre o documentário Belkis Ayón: Gravura do mal-estar, do renomado pesquisador, professor e cineasta uruguaio Juanamaria Cordones-Cook e dedicado ao pintor e acadêmico da ilha.
O material audiovisual torna visíveis aspectos essenciais da obra desta proeminente representante da arte cubana do século XX e expõe “sua personalidade paradoxal, carismática e calorosa, além de enigmática”, segundo as páginas nas redes sociais dedicadas a Ayón.
A obra aborda o legado de um criador com contribuições significativas para a gravura latino-americana, incorpora a música de Carlos Fariñas e a voz da poetisa, ensaísta e vencedora do Prêmio Nacional de Literatura 2001, Nancy Morejón, encarregada de apresentar a proposta cinematográfica na Casa de as Americas.
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