Na véspera, a televisão local transmitiu as palavras do presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, no Conselho de Ministros sobre o assunto, onde abordou as causas dos cortes de energia que afetam a população e a economia, bem como as ações que são feitas para encontrar soluções.
O presidente destacou que esse cenário pode persistir até o final de maio, onde se combinam quebras simultâneas em várias unidades termogeradoras, com a saída de outras do sistema por manutenção planejada e falta de combustível para os grupos de geração distribuída.
O ministro de Energia e Minas, Liván Arronte, detalhou no programa de televisão Mesa Redonda que para operar de forma estável e segura, o sistema necessita de 500 megawatts de reserva, e no momento não estão disponíveis.
“Estamos trabalhando sem reservas e a demanda está acima da capacidade de geração, o que causa o déficit e os incômodos apagões”, disse, especificando que nas termoelétricas estão gerando 12 blocos, a 39% da potência instalada.
De acordo com o diretor do Sindicato Nacional dos Eléctricos, Jorge Armando Cepero, existem atualmente três blocos em manutenção e um total de cinco unidades fora de serviço por avaria, razões pelas quais o nível de falta de energia é muito elevado.
A obsolescência tecnológica, o trabalho de manutenção insuficiente e a falta de peças de reposição fazem com que as unidades de geração térmica e distribuída funcionem abaixo de 50% da disponibilidade, comentou Arronte.
Lembrou que a manutenção do sistema eléctrico nacional é caro e exemplificou que só para garantir o funcionamento e manutenção num ano são necessários 250 milhões de dólares, sem contar o combustível, atualmente acima dos 110 dólares o barril.
O Ministro de Energia e Minas garantiu que estão trabalhando incansavelmente para solucionar avarias e manutenções programadas para concluí-las no menor tempo possível.
jf/kmg / fav