A XXI Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América-Tratado de Comércio dos Povos (ALBA-TCP), realizada nesta capital, condenou em sua declaração final o tratamento discriminatório para aquelas nações.
O texto, intitulado “ALBA-TCP repudia exclusões e tratamento discriminatório na chamada Cúpula das Américas em Los Angeles”, foi lido pelo secretário-executivo da entidade de integração, Sacha Llorenti.
Em 12 pontos, ratifica o compromisso de fortalecer a ALBA-TCP como instrumento de união dos povos, baseado nos princípios de solidariedade, justiça social, cooperação e complementaridade econômica; com a integração liderada pela Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos e a Proclamação da América Latina e Caribe como Zona de Paz.
Apoia as reivindicações dos países de Nossa América para materializar uma mudança nas relações hemisféricas, com base na Carta das Nações Unidas e no Direito Internacional, incluindo os princípios de igualdade soberana, não ingerência em assuntos internos ou uso da força, e para a solução pacífica de controvérsias e a autodeterminação dos povos.
Reafirma seu apoio ao multilateralismo como meio de enfrentar os complexos desafios globais por meio da ação coletiva e denuncia as reivindicações de dominação imperialista sobre os povos da América Latina e do Caribe, para manter a região dividida de acordo com seus interesses hegemônicos.
Também rejeitam a exclusão arbitrária, ideológica e politicamente motivada de vários países da chamada Cúpula das Américas, que acontecerá em junho em Los Angeles, Estados Unidos.
Nesse sentido, ele qualifica esta decisão unilateral como um grave retrocesso histórico nas relações hemisféricas que ofende os povos latino-americanos e caribenhos.
A declaração apóia o direito de todos os países de participar do referido evento em igualdade de condições e enfatiza que o anfitrião da reunião em Los Angeles não tem o direito de impor exclusões ou condições que violem sua soberania e independência.
O documento também denuncia o tratamento discriminatório dos Estados Unidos contra representantes da sociedade civil no continente e enfatiza que esse tipo de encontro exclusivo não contribui para a solução de nenhum dos desafios urgentes da integração ou ameaças regionais e globais.
Destaca também a corajosa posição de governos, atores sociais, organizações e povos que rejeitaram, de diversas formas, as exclusões do encontro de Los Angeles.
A declaração rejeita a imposição de medidas coercitivas unilaterais contra a Venezuela e a Nicarágua, e o bloqueio econômico, comercial e financeiro contra Cuba, em violação aos princípios da Carta das Nações Unidas e do Direito Internacional.
Também reivindica a dignidade nacional dos povos, com base na ideologia dos pais fundadores da América Latina e do Caribe, e apóia esforços genuínos para promover o diálogo respeitoso e a convivência pacífica entre todos os países das Américas, sem exceção, para encontrar soluções aos grandes problemas hemisféricos.
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