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Protestos populares e acordos inacabados com o governo no Panamá

Protestos populares e acordos inacabados com o governo no Panamá

Por Mario Hubert Garrido
Cidade do Panamá, 28 mai (Prensa Latina) Protestos de movimentos populares e organizações sindicais que terminaram em várias mesas de negociação com o governo, mas sem chegar a acordos, marcaram a semana de notícias que termina hoje no Panamá.

As principais lideranças dos sindicatos operários da nação do canal realizaram uma segunda reunião com o presidente da República, Laurentino Cortizo, na última quinta-feira, mas consideraram inadequadas as respostas oferecidas em uma lista de 32 demandas sociais.

O secretário-geral da Confederação Nacional da Unidade Sindical Independente do Panamá, Marco Andrade, reafirmou que as manifestações nas ruas contra o alto custo de vida vão continuar até que o Executivo reaja.

Este governo, disse, é incapaz de prosseguir com o aumento salarial para todos os trabalhadores e também com reajustes na remuneração dos pensionistas e reformados.

Os representantes do Executivo consideraram impossível reduzir os preços galopantes dos combustíveis, dos alimentos, dos medicamentos e da cesta básica familiar, com argumentos pouco convincentes, acrescentou.

Também deixaram de responder às nossas denúncias sobre a presença de bases militares estrangeiras na área de Darién, sob o falso pretexto de combater o narcotráfico, disse.

Por outro lado, dirigentes da Coalizão para a Unidade de Colón (CUCO), na província oriental de mesmo nome, se recusaram a assinar um pacto com o presidente e encerrar uma greve de mais de 20 dias, especificando neste sábado que eles vão consultar as bases.

O presidente até foi ao território caribenho para ordenar o início da construção do Hospital Manuel Amador Guerrero -trabalho interrompido há 10 anos-, instalações para artesãos e anunciar protocolos que permitem congelar os altos preços dos combustíveis, mas os manifestantes consideram isso insuficiente.

Sobre a greve, o presidente da Câmara de Comércio de Colón, Michael Chen, afirmou que os pedidos dos colonenses são legítimos e exigiu que o Executivo seja mais agressivo e dinâmico na implementação dos projetos anteriormente comprometidos.

Nos últimos sete dias, a chanceler Erika Mouynes também fez uma primeira e até agora única declaração oficial sobre a IX Cúpula das Américas, em Los Angeles, Estados Unidos, para a qual não foram convidados países como Cuba, Venezuela e Nicarágua.

A diplomata disse em declarações à imprensa estrangeira que espera que este encontro dê continuidade à tradição de ter uma elevada representação de todos os países do continente, como a que aqui se realizou em 2015.

Segundo o diplomata, o Panamá sediou uma histórica Cúpula das Américas, com a presença de delegações de 35 países do continente, incluindo Cuba, presentes pela primeira vez neste encontro, que gerou aplausos da comunidade internacional.

Ainda durante a semana, o ministro da Saúde, Luis Francisco Sucre, confirmou a emissão de um alerta sanitário para varicela, sem casos relatados até o momento.

Após registrar casos da doença em vários países das Américas, Europa e Ásia, essa medida preventiva estabelece planos e protocolos de vigilância em todo o país e não apenas em seus pontos de entrada e saída.

jha/ga/ml

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