“O Ministério da Defesa está isento de responsabilidade pelas ações cometidas no Iraque”, indica o comunicado divulgado hoje pela mais alta entidade judiciária do país. Os eventos ocorreram durante a Operação Deserto Verde em novembro de 2004 no Iraque, onde as forças dinamarquesas capturaram 23 soldados iraquianos suspeitos de portar armas, segundo o relatório.
Nos últimos 11 anos, esses soldados processaram o Ministério da Defesa dinamarquês pelos maus-tratos a que foram submetidos, informou a rádio dinamarquesa.
No entanto, de acordo com o tribunal, “as tropas dinamarquesas na operação cumpriram o mandato sob o qual foram mobilizadas”.
Portanto, os próprios iraquianos são responsáveis pelo incidente com os 23 soldados iraquianos acima mencionados, acrescentou o comunicado.
O Ministério da Defesa gastou mais de 4,3 milhões de dólares em pagamentos relacionados ao litígio, informa a rádio do país.
Em março de 2003, uma coalizão liderada pelos Estados Unidos invadiu o Iraque, após uma campanha de acusações infundadas sobre a suposta existência de armas de destruição em massa nas mãos do governo daquela nação árabe, pretexto que Washington e seus aliados usaram para derrubar Saddam Hussein.
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