Falando esta terça-feira na cidade de Maputo, perante a Assembleia (Parlamento) de Moçambique, o senador explicou que a Rússia continua o seu desenvolvimento e enfrenta a pressão que lhe é exercida, disse a agência noticiosa TASS.
Ressaltou que os autores das mais de 10.000 medidas econômicas, financeiras e comerciais implementadas contra seu país, a maioria delas nos últimos três meses, admitiram ter esgotado as possibilidades de continuar a guerra de sanções.
Segundo Matvienko, esse escopo sem precedentes de restrições contra a Rússia desencadeou em grande parte a crise econômica global.
“A situação atual dos mercados de alimentos, a interrupção das cadeias de suprimentos e o enorme aumento no custo dos produtos trazem grandes riscos”, disse ele.
A política russa alertou que os segmentos mais vulneráveis da população, inclusive nos países africanos, serão os primeiros a sentir as consequências da crise.
O representante permanente da Rússia na União Europeia, Vladimir Chizhov, destacou na terça-feira que o bloco comunitário já se aproximou do limite do que é possível em termos de sanções anti-russas.
“Não há mais o que proibir”, disse ele, referindo-se ao novo pacote de medidas que acaba de ser aprovado. E comentou que se houver um sétimo pacote só pode ser dedicado ao gás.
Ele alertou que, nesse caso, a UE enfrentaria “uma ordem de magnitude de problemas e contradições internas mais graves do que até mesmo com o petróleo”.
A cimeira da UE acordou ontem um sexto pacote de sanções contra a Rússia que inclui um embargo parcial adiado ao petróleo russo, a extensão da lista negra, a exclusão do Sberbank e dois outros bancos russos do sistema Swift e a proibição de emissão em território comunitário a três canais de televisão russos.
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