“É evidente que os Estados Unidos, à frente de um grupo de países, estão deliberadamente dedicados a armar o regime ucraniano (…) Descrevemos esses planos como muito negativos”, disse o vice-chanceler em entrevista à agência de notícias Sputnik.
Um alto representante da Casa Branca confirmou à imprensa que nesta quarta-feira será anunciado um novo carregamento de armas para o governo do presidente ucraniano Vlodimir Zelensky, que incluirá lançadores múltiplos de foguetes HIMARS, ao mesmo tempo em que destacou que Kyiv garantiu não os usar para atingir o território russo.
A esse respeito, Riabkov questionou a tentativa de Washington de apresentar sua decisão como contendo um elemento de autolimitação.
“O malabarismo, a manipulação de alguns aspectos do que está acontecendo, não muda o quadro geral”, observou o diplomata.
Da mesma forma, o vice-ministro alertou que a assistência militar “sem precedentes” de Biden ao governo ucraniano é uma política muito perigosa e aumenta o risco de confrontos diretos entre a Rússia e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
Washington, enfatizou, durante anos não fez nada para encontrar uma solução para o conflito interno ucraniano e após o início da operação para parar o bombardeio de Donbass, “perdeu o resto de seu bom senso e responsabilidade” e agora busca por todos os meios a derrota estratégica da nação euroasiática.
Nesse sentido, Riabkov salientou que seu país alcançará os objetivos da operação militar especial na Ucrânia, apesar das tentativas de seus adversários de retardá-la.
A Rússia lançou uma operação armada na Ucrânia em 24 de fevereiro, depois que as autoridades das autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk pediram ajuda para repelir o aumento da agressão e os intensos bombardeios de Kyiv.
Anteriormente, Moscou reconheceu a independência e soberania de ambos os territórios e assinou tratados de amizade, cooperação e assistência mútua com seus líderes, que incluíam o estabelecimento de relações diplomáticas e ajuda militar.
Em seu discurso para informar sobre o início da operação, o presidente Vladimir Putin afirmou que o objetivo é proteger a população de Donbass dos abusos e genocídio de Kyiv durante os últimos oito anos, além de “desmilitarizar” e “desnazificar” a Ucrânia.
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