A iniciativa foi aprovada ontem com o apoio de 63 votos, de um total de 120, embora outra proposta de direita de aplicar a pena de morte aos milicianos palestinos que realizam ataques contra o país tenha fracassado.
Em sua conta no Twitter, o deputado Ofer Cassif descreveu o plano de banir a bandeira palestina como fascista e questionou a abstenção dos partidos pacifista Meretz e islâmico Raam durante a votação.
Em sentido simulado, pronunciou-se seu colega de câmara Sami Abou Shahadeh, que equiparou aquele plano às leis racistas do Apartheid. “Votamos contra o projeto vergonhoso que proíbe hastear a bandeira palestina. Por mais que tentem, o povo palestino e sua bandeira não vão a lugar nenhum, estamos destinados a viver juntos”, escreveu o legislador Mossi Raz na mesma rede social.
Os parlamentares Aida Touma-Sliman, Ahmad Tibi e Ayman Odeh também questionaram a iniciativa, apoiada tanto por membros da oposição quanto por setores da aliança governamental, incluindo o primeiro-ministro Naftali Bennett.
A proposta foi apresentada pelo deputado de extrema-direita Eli Cohen, do partido de oposição Likud, liderado pelo ex-chefe de governo Benjamin Netanyahu.
Ao definir a posição do Executivo, a ministra da Educação, Yifat Shasha Bitton, anunciou que os integrantes da coalizão no poder estariam livres para votar a proposta, que ela apoiou.
Esta última medida visa evitar a ruptura da aliança governamental, formada por oito partidos de diversas tendências ideológicas, que incluem islamistas, esquerda e extrema direita.
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