Em 2015, mais de 200 mil cidadãos deslocaram-se às imediações do Congresso Nacional, nesta capital, para exigir a implementação de políticas abrangentes de combate aos feminicídios e outros crimes contra diversos grupos sociais.
Essa manifestação repercutiu em toda a Argentina e em outros estados, após o que o movimento e seu slogan atingiram escala global. Neste dia, a marcha terá como lema “Vivas, livres e sem dívidas, nos amamos!” e de Buenos Aires partirá da Plaza de Mayo para o Congresso. Iniciativas semelhantes ocorrerão no resto do país.
Durante o dia, o grupo Familiares de Vítimas de Feminicídios divulgará depoimentos de seus integrantes e fotografias das pessoas assassinadas.
Por sua vez, a organização Mulheres Indígenas pelo Bem Viver denunciará a prática sistemática, de forma cruel e aberrante, de abuso sexual contra meninas e adultos de povos indígenas.
Por meio de comunicado, o Ni Una Menos informou que seus integrantes vão às ruas para condenar a violência sexista e patriarcal, exigir o fim do travestismo, estupro, agressão infantil, racismo e abandono.
Queremos ser livres e não corajosos. Nem mais uma presa para se defender. Marchamos por tudo o que nos falta e porque queremos mudar tudo, diz o texto.
De acordo com o Gabinete da Mulher do Supremo Tribunal de Justiça, em 2021 ocorreram 251 feminicídios, o que equivale a uma média de um a cada 35 horas, enquanto o Gabinete de Violência Doméstica informou que tratou de 8.741 denúncias naquele ano.
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