Segundo pesquisa realizada pelo Royal College of Nursing (RCN), a discriminação é ainda mais palpável nas idades entre 35 e 44 anos.
Enquanto 68% das enfermeiras brancas e 64% das mestiças nessas idades disseram ter recebido promoções, os números para enfermeiras asiáticas e negras foram de 38% e 35%, respectivamente, acrescentou o RCN.
A RCN pediu ao governo britânico que tome medidas para combater o racismo no país europeu.
A discriminação racial vivenciada pela equipe de enfermagem em seu trabalho é muito impressionante, disse o coordenador de igualdade e diversidade do sindicato, Bruno Daniel.
Ele acrescentou que a pandemia de Covid-19 contribuiu para destacar o racismo estrutural predominante nos serviços de saúde e assistência social.
O estudo também inclui o depoimento da enfermeira negra Olanike Babalola, que disse nunca ter sido promovida em seu trabalho, apesar de possuir alta qualificação no atendimento a pacientes com diabetes.
Embora eu tenha amplo conhecimento, eles não me dão a oportunidade de colocá-lo em prática, enquanto se constata que é oferecido a enfermeiros brancos. Isso é realmente racismo, discriminação, sentenciou.
O RCN, que entrevistou mais de 10.000 enfermeiros para a investigação, pediu ao governo do Reino Unido que tome medidas legais para eliminar tais práticas nos serviços de saúde e disparidades no recrutamento, retenção e promoção de pessoal.
Ele também pediu às autoridades que exigissem maior responsabilidade dos empregadores quando se trata de proteger as minorias étnicas.
O Serviço Nacional de Saúde da Inglaterra admitiu que precisa “fazer mais” nesse sentido, embora tenha apontado que o número de funcionários negros e outras minorias étnicas no setor é maior do que nunca.
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