O comitê de crise da Política Federal de Manaus, capital do estado do Amazonas (noroeste), informou que encontrou vestígios do fluido no barco de Amarildo da Costa de Oliveira, conhecido como Pelado, detido desde terça-feira por suspeita de participação em o desaparecimento dos dois profissionais desde o último domingo.
Até o momento, Pelado, 41, continua preso por posse de munição de uso restrito. No entanto, não há confirmação de seu envolvimento no caso.
Phillips, colaborador do jornal The Guardian, e Araújo estão desaparecidos no Vale do Javari, no Amazonas, desde que os perderam de vista na estrada entre as comunidades de São Rafael e Atalaia do Norte.
A prefeitura desta última região, onde a dupla foi vista pela última vez, indicou que “não tem relação com os suspeitos envolvidos no caso”.
O texto foi divulgado após a informação de que o procurador-geral municipal, Ronaldo Caldas da Silva Maricauá, era procurado pela família do suspeito para defendê-lo.
Segundo o presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Marcelo Xavier, o correspondente e acadêmico da comunidade indígena errou ao não informar aos órgãos de segurança sobre a viagem ao Vale do Javari e ao não solicitar permissão para acessar o local.
“Esta não foi uma missão comunicada à Funai. A Funai não emitiu nenhuma autorização de entrada. É importante que as pessoas entendam que quando vão entrar nessa área, há todo um procedimento”, comentou Xavier.
Ele explicou que é “muito complicado quando duas pessoas só decidem entrar na terra indígena sem nenhuma comunicação aos órgãos de segurança e à Funai”.
Diante da tragédia, a Embaixada do Reino Unido no Brasil pediu às autoridades locais que façam “todo o possível” para encontrar o paradeiro dos desaparecidos. A embaixadora Melanie Hookins assegurou que Londres está ciente dos “desafios logísticos” na busca do “local remoto” em que ambas as pessoas desapareceram.
Estamos profundamente preocupados com a tragédia. “Estamos cientes de que este continua sendo um momento angustiante para sua família e amigos”, disse Hopkins nas redes sociais.
Por meio da mesma plataforma, a diplomata informou que seu governo presta “apoio consular” à família Phillips e permanece “em contato próximo” com as autoridades brasileiras.
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