Di Maio e Ahmed “discutiram questões nacionais e regionais de interesse mútuo”, segundo um relatório do secretário de Imprensa do Gabinete do Primeiro-Ministro aqui divulgado, que não detalha quais foram os principais assuntos discutidos na reunião.
À sua chegada ao Aeroporto Internacional de Bole, o chanceler foi recebido pelo vice-primeiro-ministro e ministro das Relações Exteriores etíope, Demeke Mekonnen, com quem trocou sobre formas de fortalecer e diversificar os laços entre as duas nações.
Após a reunião, os diplomatas compareceram a uma coletiva de imprensa, na qual Mekonnen disse ter tido “uma discussão produtiva” e trocado “pontos de vista sobre diferentes questões, incluindo problemas regionais, bilaterais e globais”.
“Acordamos como melhorar e aprimorar o relacionamento, no interesse de nossos povos”, acrescentou, lembrando que é necessário “aumentar e fortalecer a cooperação na economia, comércio e investimento, entre muitas outras áreas”.
Ele também agradeceu os esforços feitos pelo governo do país europeu para “apoiar sem reservas o povo e as autoridades etíopes durante esses tempos difíceis”.
Enquanto isso, o chanceler italiano disse que as relações entre as duas nações são históricas e profundas, além de expressar a disposição das autoridades da península em colaborar com os esforços do governo para garantir a paz nacional.
Nos últimos meses, o governo etíope deu passos cruciais como a trégua humanitária e o fim do estado de emergência, para a reconciliação e estabilidade do país, que merece o apoio alimentar da comunidade internacional, disse Di Maio.
O nosso principal objetivo, sublinhou, é claro e simples: manter o esforço feito até agora para contribuir para a paz e a estabilidade, princípios essenciais para que a Etiópia volte a desempenhar um papel fundamental no mundo e em África.
Durante o dia de trabalho, ainda, o ministro dos Negócios Estrangeiros assinou um contrato de empréstimo concessional no valor de 22 milhões de euros para apoiar a agricultura etíope, representado na cerimônia de assinatura pelo ministro das Finanças, Ahmed Shide.
O financiamento, anunciado pela Shide durante o protocolo, será utilizado para aumentar a eficiência dos Parques Agroindustriais Integrados de Bulbula, Bure, Yirgalem e Ba’eker, e promover as capacidades dos Centros de Transformação Rural.
Estes projetos têm como objetivo, entre outras finalidades mais específicas, criar emprego no meio rural do país, aumentar a renda dos agricultores, gerar lucros com as exportações e melhorar a substituição de importações, assegurou.
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