O representante permanente suplente da ilha nas Nações Unidas, Yusnier Romero, também expressou o compromisso de seu país com uma solução justa, duradoura e mutuamente aceitável para o conflito naquela região.

Tudo isto de acordo com as resoluções do organismo multilateral sobre a concessão da independência aos povos coloniais, especificou o diplomata cubano na véspera, durante uma sessão sobre a questão do Sahara Ocidental.

Romero ressaltou que a comunidade internacional deve se comprometer com a implementação das resoluções e decisões das Nações Unidas sobre o assunto.

Além disso, disse, Cuba se solidariza com a luta do povo saharaui para exercer os seus direitos legítimos.

O embaixador referiu-se ao apoio prestado pelo seu país a estas pessoas, uma vez que mais de dois mil estudantes saharauis concluíram o ensino superior em centros cubanos desde 1976. Atualmente, continuou, mais de 70 jovens daquele território estudam nos centros educacionais da ilha, enquanto uma Brigada Médica e um dos professores cubanos da educação básica trabalham nos campos de Tindouf, no sudoeste da Argélia.

Em fevereiro de 2022, explicou Romero, Cuba doou um lote de 458 mil doses de Soberana 02, uma de suas vacinas contra a Covid-19 para a imunização de crianças saharauis.

Por 58 anos, o Comitê de Descolonização das Nações Unidas declarou o Saara Ocidental um território não autônomo.

Inúmeras resoluções da Assembleia Geral da ONU, do Conselho de Segurança e da União Africana ratificam o direito à autodeterminação desse povo.

O Saara Ocidental é um dos 17 territórios não autônomos sob a supervisão do Comitê Especial da ONU sobre Descolonização. A área é ocupada principalmente pelo Marrocos, que é rejeitado por vários países.

Em 1976, a Frente Polisario proclamou sua independência e estabeleceu a República Árabe Saaraui Democrática, reconhecida até hoje por mais de 80 estados.

Durante anos, Marrocos insistiu na proposta de autonomia do território como única opção para acabar com o conflito, enquanto a Frente Polisario aponta para a necessidade de realizar um referendo que inclua a independência entre as opções.

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