O Inspetor Geral Especial para a Reconstrução do Afeganistão (Sigar) destacou que 89% dos entrevistados – um número recorde – disseram que suas economias estão piorando, refletiu o portal de notícias TOLO.
75% relataram que não tinham dinheiro suficiente para alimentação nos 12 meses anteriores e 58% indicaram que não tinham recursos para moradia adequada, disse Sigar, citando uma pesquisa recente da empresa de análise e consultoria americana Gallup realizada entre agosto e Setembro de 2021.
As mulheres são particularmente afetadas, com a expectativa de que os níveis de emprego feminino diminuam em 21% até meados de 2022, em comparação com antes da tomada do Talibã.
As mulheres representavam 17% da força de trabalho do Afeganistão em 2020, observou Sigar em um relatório.
De acordo com os números disponíveis do Ministério das Obras Públicas, a taxa de desemprego foi superior a 18% em 2020 e agora deverá aumentar acentuadamente.
Atualmente, o Afeganistão encontra-se em piores condições econômicas e sociais após a retirada militar dos Estados Unidos, que invadiram o país em 2001 sob o pretexto de combater o terrorismo ao custo de mais de dois bilhões de dólares do contribuinte americano segundo a Brown University e as mortes de centenas de milhares de civis afegãos. O Talibã controla uma nação mais pobre do que há duas décadas, com grande parte da população passando fome, apesar dos abundantes recursos naturais do país, incluindo terras raras, ouro e lítio.
A situação crítica também é marcada por uma seca intensa que reduziu a produção agrícola e a falta de água.
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