Os partidos políticos da coligação governamental, incluindo o M5S, debatem esta iniciativa este fim-de-semana, no âmbito de uma resolução de 6 pontos que vão levar ao Parlamento na próxima terça-feira, segundo a imprensa local. Entre as demais formações agrupadas em torno da equipe do primeiro-ministro Mario Draghi estão a Forza Italia, a Liga, o Partido Democrata, a Italia Viva e o Article One, que mostra uma gama de posições políticas, até mesmo opostas.
O texto do M5S refere que “o Governo compromete-se a não proceder, no atual quadro de guerra, a novos carregamentos de armas que comprometam gravemente a desescalada do conflito, colocando em risco uma solução diplomática”.
Ressalta o compromisso de “promover, à luz da atual situação político-militar, nos fóruns europeus apropriados, a consolidação de uma ação diplomática europeia coordenada”.
Este esforço deve visar “dar um novo impulso às negociações de paz entre a Ucrânia e a Rússia, de modo a alcançar um cessar-fogo imediato” e “promover o papel da União Europeia (UE) como principal ator diplomático”, acrescenta.
Em relação a este projeto, o ministro dos Negócios Estrangeiros italiano, Luigi Di Maio, salientou que desalinha esta nação da aliança entre a UE e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), que, como disse, “é uma aliança defensiva”.
Se nos desalinharmos com a Otan, disse o ministro das Relações Exteriores, “colocamos em risco a segurança da Itália”.
Há um acordo majoritário na coalizão sobre os cinco pontos restantes do projeto de resolução, incluindo o apoio à entrada da Ucrânia na UE, a revisão do Pacto de Estabilidade, bem como o apoio a famílias e empresas afetadas pela guerra.
Também há acordo quanto à aceitação do plano para acabar com a dependência da UE dos combustíveis fósseis russos, bem como propostas para o futuro fortalecimento do bloco comunitário, apontam as fontes.
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