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Prisioneiros palestinos continuam boicotando tribunais israelenses

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Prisioneiros palestinos continuam boicotando tribunais israelenses

Ramallah, 20 jun (Prensa Latina) Um protesto de meio milhar de prisioneiros palestinos em prisões israelenses completou hoje 170 dias como parte da estratégia de denunciar sua prisão sob a polêmica política de detenção administrativa.

Desde 1º de janeiro, os presos se recusam a comparecer a audiências nos tribunais militares do país vizinho para recorrer de seus casos.

Criticada pela ONU, a chamada detenção administrativa é usada por Israel para prender palestinos por intervalos renováveis ​​que normalmente variam de três a seis meses com base em evidências não reveladas que até mesmo o advogado do réu está proibido de ver.

Numerosos detidos sob esta regra iniciam sistematicamente greves de fome por um período indefinido de tempo para denunciar seus casos e forçar as autoridades israelenses a libertá-los.

Palestinos e grupos de direitos humanos acusam que a detenção administrativa viola o devido processo legal porque permite que as provas contra os prisioneiros sejam retidas enquanto estão detidos por longos períodos sem serem acusados, julgados ou sentenciados.

O Centro de Informação de Israel para os Direitos Humanos nos Territórios Ocupados (Bâ€ÖTselem) declarou em abril passado que esta política é ilegal, cruel e viola o direito internacional.

A decisão de colocar um palestino sob detenção administrativa é tomada pelo comandante militar regional sem acusação ou julgamento, a organização não-governamental questionou em um comunicado.

O Bâ€ÖTselem enfatizou que o boicote palestino visa desmascarar a fachada da revisão judicial porque “nessas audiências, os detidos estão limitados a desempenhar o papel de figurantes em um processo que visa sancionar sua prisão”.

A este respeito, explicou que as provas da denúncia nunca são reveladas ao recluso ou ao seu advogado, pelo que é impossível saber o motivo da detenção e, portanto, contestar as acusações.

As autoridades de Tel Aviv costumam tomar medidas punitivas contra os detidos que boicotam seus tribunais, como privá-los de visitas e renovar sua detenção administrativa, informou a agência de notícias palestina Safa nesta segunda-feira.

jf/rob/ls

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