Bamako, 21 jun (Prensa Latina) O governo do Mali divulgou hoje um relatório segundo o qual grupos islâmicos mataram ou sequestraram pelo menos 130 civis desarmados no último fim de semana no centro do país.
Também culpa membros dos grupos Al Qaeda e Estado Islâmico por incendiar casas na cidade de Diallassagou e duas cidades vizinhas na área conhecida como círculo de Bankass, onde o fundamentalismo islâmico tem um grande número de seguidores.
Sobreviventes do massacre relataram que homens armados entraram na área, acusaram os moradores de não serem muçulmanos e atiraram contra eles à queima-roupa; outros foram sequestrados e seus corpos mutilados foram encontrados horas depois.
As ações dos islamistas no Mali ganharam força a partir de 2012 e desde então se espalharam para Burkina Faso e Níger em uma aparente tentativa de forçar a entrada em países da África Ocidental onde até agora não houve nenhuma ação dessas entidades.
A implantação de uma força militar francesa no Mali desalojou os islâmicos desta capital e os empurrou para o norte, mas não conseguiu eliminá-los.
As autoridades malianas exigiram recentemente a saída do contingente francês depois de acusar Paris de conspirar para derrubá-los e apoiar indiretamente os radicais muçulmanos.
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