A convocação da reunião foi parte de uma resolução adotada pela maioria do plenário da Assembleia Nacional durante um debate relacionado aos estados de emergência decretados pelo governo nos últimos três dias.
Representantes da Conferência Episcopal do Equador, do Sistema das Nações Unidas, do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, de universidades públicas e privadas do Equador, representantes das câmaras de comércio e produção e outras entidades foram convidados para a mesa de diálogo.
As organizações nacionais e os sindicatos também foram convidados a fazer propostas.
A legislatura se reuniu na véspera para avaliar o decreto executivo 455, emitido em 17 de junho, que estabeleceu o estado de emergência em três províncias, Pichincha, Imbabura e Cotopaxi, devido à grave agitação social diante dos protestos de várias organizações contra o alto custo de vida e a insegurança.
De acordo com os avanços, a análise poderia levar à revogação da portaria, mas pouco antes da sessão, o presidente decidiu revogar a regulamentação por meio de um novo decreto de estado de emergência no qual incorporou outras três regiões, Tungurahua, Chimborazo e Pastaza.
Entretanto, o plenário ouviu a intervenção de 19 legisladores de diferentes tendências políticas, que questionaram a decisão do executivo de contrariar o protesto social com um decreto que criminaliza as manifestações e provoca a radicalização das mobilizações do setor indígena, assim como de outras organizações e coletivos.
A greve nacional foi convocada pela Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador a partir de segunda-feira, 13 de junho, e contou com a participação de grupos de camponeses, trabalhadores, estudantes e mulheres.
Comícios, marchas e encerramentos de estradas são as principais ações dos manifestantes na maioria das 24 províncias deste país andino.
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