Chefes de Estado ou de Governo, representantes de organizações internacionais e regionais, empresários e membros da sociedade civil de dezenas de países reuniram-se no Egito para enfrentar os desafios continentais.
Reúne-se sob o tema “África numa Era de Riscos Sucessivos e Vulnerabilidade Climática: Caminhos para um Continente Pacífico, Resiliente e Sustentável”.
Abrindo ontem a terceira edição do evento, o presidente egípcio, Abdel Fattah El Sisi, destacou a necessidade de uma agenda pan-africana para promover os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e enfrentar os efeitos das mudanças climáticas.
Em mensagem gravada, o presidente especificou que o encontro ocorre em meio a sérios desafios globais com importantes repercussões políticas e econômicas para a região.
“Estes desafios estão a refletir-se no continente africano, principalmente na sua segurança alimentar e energética, saúde, economia e também na vertente social”, alertou o responsável.
Além disso, pediu o aumento da produção agrícola e o combate a outros problemas como o terrorismo, o contrabando de armas, o tráfico de seres humanos e a imigração ilegal.
O Fórum de Asuán é uma oportunidade única para discutir a ameaça das alterações climáticas, sublinhou o presidente, que lembrou que o Egito vai acolher uma cimeira mundial sobre o tema no próximo mês de novembro.
Por outro lado, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, destacou que apenas dois por cento dos investimentos mundiais em energias renováveis vão para África, embora a região seja a mais afetada pelo problema.
Os povos desta área estão enfrentando uma crise sem precedentes causada pelo Covid-19 e exacerbada pela disparada dos preços de alimentos, combustíveis e fertilizantes como resultado do conflito na Ucrânia, observou ele em outra mensagem gravada.
Devemos expandir o acesso dos países africanos ao financiamento e alívio da dívida, para que possam investir na criação de empregos, redução da pobreza, proteção social ampliada, segurança alimentar e crescimento verde, disse ele.
Da mesma forma, instou a silenciar as armas na região, abordar as raízes dos conflitos, a desigualdade e a discriminação, bem como fortalecer a governança, as instituições, os serviços públicos e os sistemas de justiça.
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