Em declarações exclusivas à Prensa Latina, defendeu que “este evento é uma prioridade, e isso é demonstrado pela preparação dos atletas não só das províncias mas também das principais figuras do elenco nacional, uma rivalidade garantida que pode definir quem sobe e desce das posições das estrelas”.
Sobre as diversas mudanças que vêm sido adotadas pela IBA, Federação Internacional desta disciplina, nas categorias para os Jogos Olímpicos de Paris em 2024, Puig afirmou que “elas chegaram a 13 divisões, também devemos levar em conta a inclusão de gênero para a competição olímpica, que terá sete divisões para homens e seis para mulheres”.
Cuba, que com apenas nove expoentes teve que lutar contra equipes completas de 13 representantes de elencos poderosos como Uzbequistão, Cazaquistão, Rússia ou Estados Unidos, venceu a edição mais recente da Copa do Mundo, realizada em Belgrado, na Sérvia, em 2021.
“Para nos reajustarmos nesta Playa Girón fizemos um híbrido entre as categorias da IBA e a olímpica, então temos 11 divisões aqui, incluímos a de 86 quilos para que a diferença entre 81 e 91 quilos não fosse tão sentida, nós também estamos em desvantagem no cenário internacional até hoje por não ter o boxe organizado para mulheres”, comentou o presidente da Federação.
Precisamente e de olho no modo inclusivo, Puig assegurou que “já vimos muitas mulheres espontaneamente interessadas no boxe, que até dominam recursos táticos, e têm a base de praticar disciplinas de combate, e queremos começar a incluí-las para inseri-las na América Central e no Caribe, porque o movimento é forte”.
A presença nos últimos meses de seis boxeadores cubanos em Aguascalientes, México, para um cartaz profissional, significou a incursão oficial da Federação das Antilhas neste sistema que ultrapassa meia dúzia de pesos e que compõe a Associação Mundial de Boxe (WBA), Federação Internacional de Boxe (IBF), Conselho Mundial de Boxe (WBC), Organização Mundial de Boxe (WBO).
Segundo o também membro da Confederação Americana de Boxe (AMBC, por sua sigla em inglês), “alguns acreditam que nossas vitórias foram contra rivais fáceis, mas eu sou da opinião de que pode haver rivais muito melhores, mas estes não foram dignos de desprezo, então o nível do nosso boxe era evidente”.
A diferença de duas onças a menos no peso das luvas em relação ao boxe profissional e a usada no boxe amador “faz parecer que antes havia mais perfuradores do que hoje, mas hoje se bate bem forte também, e golpes assim como nosso campeão olímpico, Arlen López, deu no seu adversário no México, prova isso.
Cuba pretende para os meses de julho e agosto, segundo o entrevistado, apresentar várias de suas figuras em competição com boxeadores profissionais de vários países, e nomes como Roniel Iglesias, Julio César La Cruz, Arlen López, Lázaro Álvarez, Yoenli Feliciano, todos coroados em Copas do Mundo, além de Osviel Caballero, uma das figuras emergentes.
A cidade esportiva de Havana “seria também cenário contra profissionais, e para isso contatamos promotores com influência no boxe profissional nos Estados Unidos, porque queremos fazê-lo com boxeadores desse país e, assim, até lembrar daquelas lutas de Cuba -Estados Unidos de décadas anteriores”, certificou Puig.
Sem calma, mas sem pressa, a direção do boxe em Cuba foca seu olhar na ordem e progressão da disciplina, “e onde a voz principal são os atletas e treinadores para que este caminho nos traga os melhores dividendos para tudo, e isso inclui as pessoas mesmos”, afirmou finalmente a federação.
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