Em informações em que não revela as empresas que cometeram fraudes, o SAT aponta que o estudo abrange o período de 2015 a 2019, e a fraude focou em registros falsificados de perdas com créditos ruins e simulação de investimentos.
Ao comparar a carteira de informações da Comissão Nacional de Bancos e Valores Mobiliários (CNBV) com as declarações que são entregues ao SAT, foram detectadas inconsistências nos chamados descontos (descontos) e multas informadas pelas instituições bancárias, o que gerou uma evasão fiscal -só em bancos e para esse conceito-, entre um e dois bilhões de dólares.
O SAT explica que as remoções são reduções de uma dívida, e as penalidades referem-se ao cancelamento de um crédito quando a possibilidade de cobrança por meio de procedimentos formais já estiver cancelada.
Ambos os itens implicam em perdas para as instituições financeiras e, portanto, podem ser utilizados para obter deduções fiscais.
A Universidade Autônoma de Chapingo comparou os relatórios apresentados à CNBV e ao SAT e constatou que os bancos relataram maiores reduções e punições nas declarações ao erário com o presumível objetivo de evitar e evadir o pagamento de tributos.
Ao analisar os números desses cinco anos, verificou-se que as instituições bancárias apresentam perdas excessivas, uma vez que existem valores que não estão registrados na CNBV.
Outro dos setores que o SAT tem acompanhado para práticas de possível sonegação e evasão fiscal é a mineração.
Em outra parte do estudo, desta vez encomendado à Universidade Autônoma de Coahuila, percebe-se que as mineradoras teriam deixado de entregar ao tesouro pouco mais de um bilhão de dólares entre 2016 e 2019, uma evasão de mais de 32% do que eles tiveram que entregar.
Segundo o documento, a evasão ocorre quando as mineradoras disfarçam os investimentos na extração como despesa ou reclassificação, a maior parte para adquirir, comprar, unir e teoricamente prestar serviços entre empresas do mesmo setor e reinvestir os lucros.
O objetivo dessa operação é aumentar suas deduções e, com isso, pagar menos impostos, especifica. Os subsetores identificados com a maior evasão possível foram as empresas de extração de prata, chumbo, zinco e ferro, que juntos representam 70% da evasão total estimada, informou o SAT.
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