Durante 27 anos consecutivos, os adversários usaram a força das armas e não conseguiram derrotar o MPLA, embora tenham feito pactos inimagináveis, incluindo alianças com o então regime do apartheid na África do Sul, disse o presidente da organização, João Lourenço.
Depois da guerra civil, também não conseguiram derrotar o Movimento por sufrágio e a nação vai realizar em breve as suas quintas eleições gerais, raciocinou o também chefe de Estado e de Governo, perante uma multidão reunida na cidade de Saurimo, capital da Lunda Sul (nordeste), a cerca de mil quilómetros de Luanda.
Aparentemente, alguns opositores concluíram que não poderiam vencer as próximas eleições lutando de forma independente e buscaram representantes de vários partidos para compor sua lista de candidatos a deputados, disse. Lourenço exortou militantes, simpatizantes e amigos do MPLA a estarem atentos ao que qualificou de manobras dos seus opositores e a considerar a força do seu partido em termos de resultados práticos para o desenvolvimento socioeconómico do país e a eliminação progressiva das assimetrias herdadas desde a fase colonial.
Neste sentido, destacou a construção nos últimos anos de 2 hospitais modernos na Lunda Sul, um geral e outro materno-infantil, bem como a execução de diversas obras no domínio da saúde pública através do programa de intervenção integrada na municípios.
Conforme anunciado, em breve terá início a execução de um parque para aproveitamento de energia solar em Saurimo, enquanto a electrificação avançará em oito municípios da província, nomeadamente, Cacolo, Muconda, Chiluange, Cassai Sul, Muriege, Cazage, Alto Chicapa e Mona Quimbonfo, que permitirá estabelecer oito mil novas ligações domiciliárias.
Descreveu também os principais projectos nas áreas do ensino superior, construção de estradas e extensão de linhas ferroviárias.
O líder do MPLA aproveitou ainda o acto pré-campanha eleitoral para apresentar à população o candidato do partido ao cargo de Vice-Presidente do Governo, no âmbito de uma política a favor da igualdade de género. “Se o MPLA vencer, Esperança Costa será seguramente a futura vice-presidente da República”, sublinhou.
A título de síntese, o político convocou os eleitores a participarem das votações; que em 24 de agosto, afirmou, “ninguém fica em casa”.
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