Durante a abertura da Reunião Digital da ALBA no Ministério das Relações Exteriores da Venezuela, Llorenti enfatizou que os países da América Latina e do Caribe estão enfrentando uma disputa entre um projeto de integração e unidade, contra outro de natureza desintegradora que busca implementar os interesses hegemônicos dos Estados Unidos.
“É a luta entre a Doutrina Monroe e a Doutrina Bolivariana, na qual os cenários e os campos de batalha estão mudando com o passar do tempo”, disse o chefe da Aliança Bolivariana para os Povos de Nosso Acordo Comercial América-Povos (ALBA-TCP).
A este respeito, o funcionário destacou que as ameaças e agressões contra os projetos emancipatórios da área incluem a implementação de guerra econômica e medidas coercitivas unilaterais, golpes de Estado, incursões mercenárias e a organização de planos desestabilizadores.
“Vemos ameaças contra nossos povos, este projeto colonizador tentou e continua tentando minar os processos que estão comprometidos com a vida e a integração”, advertiu ele.
Também alertou que uma das principais frentes desta agressão permanente gira em torno do cenário digital através da execução de terríveis campanhas através das chamadas redes sociais.
Llorenti apontou que o mundo das novas tecnologias de comunicação está em constante evolução, por isso é necessário manter um debate contínuo sobre como enfrentar essas ameaças.
“Não podemos parar, porque é o mesmo que retroceder; estar à altura deste desafio na constante luta entre verdade e mentira, entre integração e desunião, entre ser colônias ou ser independente”, disse ele.
Falando na abertura da Reunião da ALBA Digital, o Ministro venezuelano de Comunicação e Informação, Freddy Ñáñez, enfatizou a importância da construção de um órgão que possa responder em tempo real às matrizes de opinião utilizadas para causar danos reais aos povos da região.
Entre as questões para enfrentar este cenário, também refletiu sobre a necessidade de conquistar a soberania digital e tecnológica, bem como de contribuir para a teoria da comunicação a partir das diversas trincheiras de luta.
“Devemos pensar em redes sociais e novas técnicas de comunicação a partir da perspectiva da soberania do Estado, não se trata mais de limites ou fronteiras, temos que pensar na soberania espacial”, disse o vice-presidente setorial de Comunicação, Cultura e Turismo.
A este respeito, Ñáñez pediu a articulação das particularidades e pontos fortes como método de trabalho para enfrentar os novos desafios da era digital.
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