A bola está do lado ucraniano, considerado o segundo chefe do departamento de países da Comunidade de Estados Independentes o chanceler, Alexei Palishuk, aludindo a uma operação da Rússia, Turquia e Ucrânia para o transporte do referido produto.
Esclarecendo que Moscou de forma alguma impede a transferência de cereais armazenados nos portos sob controle de Kiev, Palishuk salientou que a decisão será aplicada quando se chegar a um acordo a esse respeito, mas depende daquele país, esclareceu.
Potências ocidentais impuseram mais de 10.000 medidas punitivas contra a Rússia desde o início deste ano, antes mesmo de o presidente Vladimir Putin anunciar em 24 de fevereiro o início de uma operação militar no território vizinho.
Entre as restrições está a proibição da compra de trigo e fertilizantes da Rússia e a atracação de seus navios em portos dos Estados Unidos, Canadá e nações da União Europeia.
No entanto, o Ocidente acusa Moscou de promover a fome no mundo, referindo-se a um suposto boicote da Marinha Russa a portos ucranianos como Odessa.
O Ministério da Defesa da Rússia denunciou que a Ucrânia minou aquele porto e afundou navios para impedir a navegação.
Por esta razão, as autoridades do Kremlin, em meio a uma proposta de mediação da Turquia, levantaram a necessidade de desbloquear aquele porto para evacuar o trigo armazenado de lá, enquanto observadores apontam que este produto também é necessário para a população ucraniana.
A esse respeito, Palishuk afirmou que o Ministério da Defesa oferece propostas diárias de corredores de segurança para o transporte de grãos dos portos ucranianos do Mar Negro e Azov, cuja região agora é controlada pela Rússia.
Na época, Putin explicou que havia várias maneiras possíveis de levar o trigo para outros países, incluindo o transporte ferroviário por Belarus até os portos do Mar Báltico, de onde seria distribuído para qualquer ponto, disse ele.
A exportação de trigo deste país, entre as primeiras do mundo, tem rondado os 20 milhões de toneladas nos últimos anos.
Desta vez, Putin referiu-se recentemente à possibilidade de trazer até 50 milhões de toneladas para o mercado internacional.
oda/to / fav