A missão de Beijing na União Europeia denunciou o documento como repleto de ideias da Guerra Fria e viés ideológico, depois de alertar para “respostas firmes e fortes” a qualquer ação prejudicial aos interesses nacionais.
Criticou a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) continue aferrando-se à prática de criar inimigos, confronto entre blocos e problemas em todo o mundo.
“A OTAN afirma ser uma aliança defensiva que respeita a ordem internacional baseada em regras, mas contornou o Conselho de Segurança da ONU e lançou guerras contra estados soberanos, deixando um grande número de vítimas e milhões de pessoas deslocadas”, enfatizou a delegação diplomática.
Criticou a aliança por quebrar seu preceito de não ir além do Atlântico Norte e decidir “mostrar músculos” na região Ásia-Pacífico, após ressaltar que a política externa de Beijing é independente, pacífica, promove o desenvolvimento e a ordem global.
“A China nunca iniciou uma guerra ou invadiu uma polegada do território de outro país. A China não interfere nos assuntos internos de outros ou exporta ideologia, recorre a sanções unilaterais ou coerção econômica”, disse ele.
Entre outras questões, a legação salientou que o progresso do gigante asiático representa uma oportunidade e não é um desafio para ninguém, assim como exortou a OTAN a pôr termo às provocações e desinformação contra o mesmo, ou então deve preparar-se para uma resposta firme e contundente.
A aliança militar atualizou ontem seu Conceito Estratégico durante a Cúpula de Madri, e pela primeira vez apontou a China entre os alertas vermelhos devido ao seu crescente desenvolvimento militar, capacidade nuclear, a eventual reunificação de Taiwan e as disputas territoriais na região.
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