O chefe da missão fez um discurso de abertura na Universidade de Havana, coordenado por sua embaixada, a da Guiana e a casa de estudos superiores por ocasião do 49º aniversário da criação da Comunidade do Caribe (Caricom), em julho 4, 1973.
Sobre o tema “Cooperação Sul-Sul Renovada: Relações entre os Emirados Árabes Unidos e o Caribe – Um novo modelo de colaboração em um mundo em transformação”, o embaixador aprofundou os projetos que seu país executa em nações da região.
Almatrooshi, doutor em Cooperação Sul-Sul, explicou que esta colaboração se baseia nas necessidades e prioridades das nações caribenhas, e apontou a energia como uma delas, que constitui -afirmou- um desafio global.
Ele explicou que os Emirados Árabes Unidos destinaram 93 milhões de dólares para projetos de energia limpa renovável em 16 países do Caribe de 2015 a 2019.
A saúde é outra prioridade por ser um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável traçados pela ONU para 2030, além do impacto que a Covid-19 deixou na área.
Nesta área, disse, o seu país doou 27 toneladas de material médico a 16 países para os ajudar a enfrentar a pandemia, ao mesmo tempo que apoia os planos de reabilitação hospitalar.
Como o Caribe é uma região vulnerável a desastres naturais como furacões, terremotos e erupções vulcânicas, os Emirados Árabes Unidos forneceram assistência humanitária no valor de 16 milhões de dólares para os esforços de socorro, lembrou.
O embaixador expressou que a educação é fundamental para o futuro das nações e por isso seu país vem apoiando projetos educacionais, de capacitação e assistência técnica em economias modestas e com acesso limitado a recursos.
Da mesma forma, auxilia e treina pessoal de várias nações na área de comércio digital, a fim de facilitar o intercâmbio comercial através da Internet.
Como parte de sua apresentação, Almatrooshi afirmou que os projetos de assistência e colaboração de Cuba em seu meio ambiente e no resto do mundo são exemplos de cooperação Sul-Sul.
A uma pergunta sobre o que poderia dificultar essa colaboração, afirmou que a burocracia, por vezes, surge como o principal obstáculo para a implementação dos planos.
Almatrooshi considerou que esta política de solidariedade deve continuar a centrar-se nos problemas e prioridades dos países caribenhos e nos quais há oportunidades de aprender com cada um.
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