É o gene O6-metilguanina-DNA-metiltransferase, ou MGMT, que desempenha um papel importante na forma como o corpo repara danos no DNA tanto em homens quanto em mulheres.

Os pesquisadores não encontraram uma ligação entre MGMT e Alzheimer em homens.

“É uma descoberta específica das mulheres, talvez uma das associações mais fortes de um fator de risco genético para o Alzheimer nas mulheres”, disse a coautora do estudo Lindsay Farrer, presidente da cadeira de genética biomédica da Faculdade de Medicina da Universidade de Boston.

O estudo, publicado na revista acadêmica Alzheimer’s Disease & Dementia: The Journal of the Alzheimer’s Association, descreve que a descoberta do novo gene foi feita em dois grupos de pessoas completamente diferentes.

Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Chicago analisou a composição genética de um pequeno grupo de mulheres Hutterite que vivem em comunidade na zona rural de Montana e Dakota do Sul.

Ao mesmo tempo, estava em andamento uma análise genética de mais de 10.000 mulheres do estudo do Alzheimer’s Disease Genetics Consortium, com resultados semelhantes.

Quando os cientistas examinaram a MGMT através da epigenética – isto é, o que acontece quando um gene é ligado ou desligado por comportamentos e fatores ambientais – eles descobriram que sua expressão nas mulheres estava significativamente associada ao desenvolvimento de beta-amiloide e proteínas tau, marcas registradas da doença de Alzheimer.

Também compararam as descobertas com tecido cerebral masculino de autópsias, e não encontraram associação entre o gene MGMT e MGMT em homens.

mv/cdg/bm