O projeto orçamentário anual apresentado pelo Poder Executivo ao Parlamento não previa qualquer aumento nas rubricas dedicadas ao mais importante centro de ensino superior do país.
A Udelar solicitou um aumento de cerca de 37 milhões de dólares, pelo qual seu orçamento real cairia para 7,6 por cento no final do período, com perdas de horas de ensino, salários e mais matrículas de alunos, alegam as autoridades universitárias.
O vice-reitor de Udelar, Juan Cristina, declarou na rádio que o Uruguai está desperdiçando os pesquisadores que formou e explicou que 80% do conhecimento é construído lá e tem 14% de seus alunos em departamentos fora da capital.
Indicou que o Uruguai investe apenas 0,46% do Produto Interno Bruto em Pesquisa e Desenvolvimento, enquanto outros países investem 2% e “devemos chegar a pelo menos 1%”.
Em entrevista coletiva do sindicato dos professores da ADUR, seu presidente, Héctor Candela, criticou que o governo só se lembrasse da Universidade “não para dar recursos, mas para tirá-los”.
A este respeito, salientou que a lei orçamentária aboliu o Fundo de Solidariedade realizado por licenciados, o que significa que “a Universidade da República receberá entre três e quatro milhões de dólares menos por ano, perderá mais de cem dólares por cada aluno”, explicou.
Por outro lado, o Governo destinou mais dois milhões de dólares ao Ministério da Defesa Nacional, o montante de 23 milhões à pasta do Interior e outros dois milhões à Procuradoria-Geral da República, no âmbito da questão da segurança.
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