Entre os detidos nas últimas horas na sede daquela entidade cívica está o seu coordenador nacional Fonique Mangue, segundo um comunicado oficial divulgado esta quarta-feira.
Na sequência das detenções, o chefe de operações do FNDC, Ibrahim Diallo, afirmou que esta organização vai continuar a sua luta para conseguir o regresso da ordem constitucional neste território, num momento em que a junta militar no poder fechou a porta ao diálogo com a sociedade civil.
A Guiné vive uma situação política tensa desde que o então presidente, Alpha Condé, foi afastado do poder em setembro do ano passado por um golpe militar.
Em meio à atual situação convulsiva, o Comitê Nacional de Reconciliação e Desenvolvimento, nome oficial pelo qual é conhecido o conselho imposto, liderado pelo coronel Mamady Doumbouya, divulgou recentemente que entregará o poder a um governo civil dentro de três anos.
No entanto, face a esta declaração, a Comunidade dos Estados da África Ocidental (Cedeao), numa cimeira realizada no ultimo fim-de-semana, ameaçou impor novas sanções à Guiné, suspensas daquele órgão sub-regional, caso não chegue a acordo para um novo calendário de transição.
Na ocasião, Cedeão nomeou o ex-presidente beninense Thomas Boni Yayi como o novo mediador daquela entidade para conversações com as autoridades guineenses sobre a questão da transferência de poder.