As questões são de grande importância e dizem respeito não apenas aos dois países, mas também à América Central e outros continentes emissores de migrantes.
São muitas questões e o presidente mexicano terá que fazer um grande esforço sumário para poder discuti-las com Biden e não deixar nada em cima da mesa.
“Vamos tratar da questão da migração, mas vocês já sabem qual é a nossa proposta, o que queremos é que a migração não seja forçada, queremos que a migração seja opcional e, claro, legal, totalmente legal, e que se chegue a um acordo nisso”, disse ele.
Organizar o fluxo migratório, legalizá-lo, tanto para quem já está lá, que trabalha honestamente, mora nos Estados Unidos, contribui para o desenvolvimento dessa grande nação, quanto para quem tem que ir para lá por necessidade.
Ele insistiu em seus critérios de benefícios e até mesmo na necessidade que este país tem de migrantes. Deve-se levar em consideração que você não pode crescer sem uma força de trabalho. O trabalho é tão importante quanto o capital ou a atividade de uma empresa, reiterou.
López Obrador leva em sua comitiva os secretários de Economia, Agricultura, Migração, Relações Exteriores e Representantes da Fazenda, porque todos esses setores estarão envolvidos na agenda.
O presidente deixou bem claro na entrevista coletiva poucas horas antes de partir para Washington: há questões bilaterais como a migração, que tem a ver com programas de cooperação para o desenvolvimento, não só no caso do México, mas também no apoio à países centroamericanos.
Ele anunciou que vai tratar também da inflação, uma questão global, e podemos unir forças, trabalhar juntos para controlá-la nos dois países. Somos parceiros comerciais assim como com o Canadá, e isso deve ser levado em consideração.
Outra questão intimamente ligada à migração que afeta a integridade física das pessoas é a segurança, que será abordada, bem como o tipo de colaboração com agências dos Estados Unidos que não será permitida a devassidão, explicou.
Ele admitiu que eles continuam a intervir, mas já existe uma lei, um marco legal que eles respeitaram, que estabelece quantos agentes podem estar no México, os relatórios devem ser entregues ao país e não agir por conta própria, nem ordenar o que o governo independente e soberano do México realiza nesta matéria.
Também abordará a questão dos vistos, já que o México considera extremamente insuficientes os concedidos pelos Estados Unidos a mexicanos e centro-americanos. López Obrador pensa em 300 mil por ano, metade para uns e metade para outros.
Outra questão que gera expectativas é o anúncio de que discutirá com Biden o caso de Julian Assange, fundador do Wikileaks, para quem pediu perdão e asilo no México.
“Se o levarem para os Estados Unidos e o condenarem à pena máxima e morrer na prisão, devemos iniciar a campanha para desmantelar a estátua da liberdade”, proclamou.
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