Até agora, Pacheco continua indeciso sobre quem apoiará nas eleições presidenciais de outubro.
No estado de Minas Gerais (sudeste), para o qual o senador foi eleito, o Partido Social Democrata fechou uma aliança com o PT, que apoiará a aspiração do ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil ao governo da divisão territorial.
Pelo acordo, o PT também apoiará a candidatura de Alexandre Silveira, aliado de Pacheco, à reeleição no Senado.
“Vejo como um encontro natural, institucional e importante para a demonstração de que as instituições deste país falam, dialogam. Nem sempre podem convergir, mas que há um clima de diálogo e grande respeito mútuo entre todos”, disse timoneiro do senado sobre o diálogo com Lula.
Explicou que vai cumprir a agenda e ainda mais com um ex-chefe de Estado que “quer se encontrar com o presidente do Senado. É minha obrigação receber”, comentou.
Por outro lado, Pacheco lamentou o assassinato de Marcelo Arruda, guarda municipal e tesoureiro do PT.
O crime ocorreu neste domingo na cidade de Foz do Iguaçu, no Paraná, motivado por intolerância política.
De acordo com a Polícia Civil, o homem que atirou em Arruda é o policial federal criminal Jorge José da Rocha Guaranho, apoiador do presidente de extrema-direita Jair Bolsonaro.
“Aquele caminho da violência, da intolerância, é o caminho da barbárie. Estamos vivendo um momento medieval nos tempos modernos da rede social. Isso é muito ruim, porque realça aquele aspecto medieval que ninguém quer no país”, denunciou Pacheco.
Ele fez alusão à responsabilidade dos pré-candidatos no período que antecede as eleições, principalmente Lula e Bolsonaro, que lideram as pesquisas de intenção de voto para a próxima eleição com uma diferença óbvia.
“Eles têm que repudiar qualquer ato de violência, seja praticado por um lado ou por outro. É isso que a sociedade e as instituições esperam de um processo eleitoral legítimo”, afirmou.
A partir desta segunda-feira, Lula, pré-candidato do PT, visita a capital para cumprir uma série de compromissos políticos, além de trocar opiniões com atores e setores empresariais e econômicos.
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