“Biden e Lapid declararam que a ocupação, o regime supremacista judaico e a continuação da cooperação com os regimes sombrios continuarão”, escreveu o parlamentar no Twitter.
Em vez de falar de paz verdadeira e desmantelamento de armas de destruição em massa no mundo e em nossa região em particular, eles promovem a violência, sublinhou.
Diante dessa situação, afirmou que sua bancada continuará a luta por justiça e paz.
Cassif é membro do partido de esquerda Hadash, que faz parte da coalizão Lista Conjunta.
Biden e Lapid assinaram a Declaração Conjunta da Associação Estratégica de Jerusalém entre os Estados Unidos e Israel no dia anterior, que reitera o compromisso da Casa Branca em manter a supremacia militar do estado judeu na região.
Também ameaça o uso da força contra o Irã e milícias como o Hamas e a Jihad Islâmica, ao mesmo tempo em que promove a inserção de Israel na área por meio da continuação de acordos para normalizar as relações com os países árabes.
Os dois lados também prometeram cooperação em “tecnologias de defesa de ponta, como sistemas de armas a laser de alta energia”.
No texto, Washington novamente se comprometeu a entregar 38 bilhões de dólares em ajuda militar a Tel Aviv por um período de 10 anos. O acordo para fornecer esses fundos foi assinado em 2016 pelo então presidente Barack Obama, que tinha Biden como seu segundo.
O novo documento foi rejeitado por grupos palestinos como instrumento da ocupação.
A proposta é mais um capítulo do terrorismo dirigido “contra nossa terra, nosso povo e nossos lugares sagrados”, disse o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) em comunicado.
Enquanto isso, Ziad al Nakhala, secretário-geral da Jihad Islâmica, afirmou que a visita de Biden ao Oriente Médio visa apenas garantir os interesses de seu país e proteger Israel.
Por sua vez, a Frente Democrática para a Libertação da Palestina denunciou que este texto é um convite aberto para iniciar guerras regionais, “que só servem aos interesses imperialistas dos Estados Unidos”.
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