Através de um comunicado de imprensa, o Ministério dos Negócios Estrangeiros (Mirex) informou que o acto decorreu na sede da legação angolana no país vizinho, onde foi aberto um livro de condolências.
António elogiou o “firme compromisso” de Dos Santos com a independência e soberania nacional, bem como o seu papel nos processos que levaram à libertação da Namíbia e à democratização da África do Sul.
O chefe do Mirex também apreciou a trajetória do falecido no campo diplomático, pois foi o primeiro chanceler desta República após alcançar a independência em 1975.
Como chefe de Estado, acrescentou, tem uma “visão estratégica” ao considerar o multipartidarismo como “um fator fundamental para a estabilidade na República Democrática do Congo e na região centro e sul do continente africano”.
Neste sentido, a nota do Mirex recordou a liderança do ex-presidente na negociação e estabelecimento do Protocolo de Lusaka, assinado na capital zambiana em Maio de 1991, que possibilitou a realização das primeiras eleições gerais em Angola, indica o texto.
Dos Santos morreu a 8 de julho numa clínica em Barcelona, Espanha, aos 79 anos e a transferência do seu corpo para Luanda ainda não tem data definida, confirmou hoje nesta capital o ministro Marcy Lopes, na qualidade de porta-voz da a comissão encarregada do funeral.
Todo o território do país, suas missões diplomáticas e consulados observam luto nacional, que entrou em vigor às 00h00 locais de 9 de julho por um período de sete dias.
António está em Lusaka desde a passada quarta-feira, chefiando a delegação governamental que participa numa sessão ordinária do Conselho da União Africana.
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