Echeverría nasceu em 16 de julho de 1932 em Cárdenas, cidade localizada a cerca de 150 quilômetros a leste de Havana. Nesta última cidade ingressou na universidade para estudar arquitetura até que o golpe de Estado de Batista em 1952 radicalizou sua posição revolucionária.
Ele se juntou aos protestos estudantis, incluindo a Marcha das Tochas de 28 de janeiro de 1953, até que em 30 de setembro de 1954 tornou-se presidente da Federação dos Estudantes Universitários (FEU), cargo a partir do qual fortaleceu a luta e promove a solidariedade latino-americana.
Esse espírito o levaria a combater, junto com um grupo de seus companheiros, a invasão e a tentativa de golpe na Costa Rica promovidas pelo ditador Anastasio Somoza.
Echeverría, que era conhecido entre seus amigos como Manzanita, denunciou atos de corrupção da tirania de Batista, como o projeto Canal Vía Cuba, que pretendia dividir a ilha em duas partes pela Ciénaga de Zapata, bem como a farsa eleitoral de 1954 .
Na busca da necessária união entre as forças revolucionárias, apoiou os assaltantes do Quartel de Moncada e o movimento operário e fundou a Direcção Revolucionária em 1956, como braço armado da FEU.
Seu trabalho nesse sentido atingiu o auge quando se encontrou em 1956 com Fidel Castro no México, com quem assinou um documento que declarava que os interesses do movimento revolucionário e do corpo estudantil seriam geminados, com o compromisso de unir esforços para derrubar o tirania e levar a cabo a Revolução Cubana.
A ação de cúpula do Diretório Revolucionário com esse desejo foi o assalto ao Palácio Presidencial e à estação Radio Reloj em 13 de março de 1957, no qual ele perderia a vida crivado de balas.
Seu funeral, em Cárdenas, sua terra natal, tornou-se uma manifestação popular contra a tirania de Batista.
A semente de unidade que ele semeou com suas ações permitiria a confluência do movimento armado estudantil com o Exército Rebelde, que triunfou em 1959.
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