De acordo com a NRA, “A única maneira de parar um bandido com uma arma é outro cara bom com uma arma”.
A organização reagiu desta forma ao mais recente tiroteio, ocorrido no Greenwood Park Mall, centro comercial de Indiana, onde um homem abriu fogo com um fuzil na zona alimentar neste domingo, causando três mortos e dois feridos, entre eles, uma menina de 12 anos.
Um “bom samaritano” matou o agressor, segundo o boletim de ocorrência, que identificou o civil armado como Eli Dicken, um homem de 22 anos.
Shannon Watts, fundadora do grupo Moms Demand Action (Mães demandam ação) criticou na plataforma da Internet as contestadas alegações da NRA, cujo poderoso lobby no Congresso interrompe há anos qualquer iniciativa voltada ao controle de armas.
“Quase 400 mocinhos responderam ao tiroteio em Uvalde: cinco oficiais escolares, 25 oficiais de Uvalde, 16 agentes do xerife e outros agentes de agências locais, 149 agentes da Patrulha de Fronteira, 91 policiais estaduais, 13 federais e oito agentes da DEA. Eles não conseguiram parar um cara mau”, tuitou Watts. Sem dúvida, os muitos massacres realizados com armas de fogo nos últimos dois meses reviveram o debate sobre as medidas necessárias para limitar o acesso às armas e, em particular, aos fuzis de assalto.
Uma nova lei em Indiana permite que civis como Dicken carreguem armas escondidas em locais públicos, e agora os defensores do direito de porte – consagrado na segunda emenda da Constituição – tomaram a tragédia do fim de semana como um exemplo de por que é importante permitir portar armas.
Este é o tiroteio mais recente até agora este ano. Escolas, igrejas, mercearias e um desfile de 4 de julho em Highland Park, Illinois, não escaparam dessa violência.
Ninguém está seguro, alertou a CNN após o massacre em Illinois.
Após o assassinato em massa em uma escola primária em Uvalde, Texas, em 24 de maio, os legisladores aprovaram a Lei bipartidária de Comunidades Mais Seguras, anunciada como a maior iniciativa federal sobre violência armada em 30 anos.
O presidente Joe Biden assinou a portaria em 25 de junho.
“Embora este projeto de lei não faça tudo o que eu queria, inclui ações que venho pedindo há muito tempo e que salvarão vidas”, disse ele na Casa Branca.
Tiroteios em massa – uma epidemia que segundo Biden está sangrando o país – já somam 355 nos Estados Unidos ao longo de 2022, revelou o rastreador do Gun Violence Archive em seus dados atualizados.
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