O aumento da gravidade das sanções responde a novas formulações nas acusações do Ministério Público, que culpabilizou todos os arguidos pela participação direta em crimes dentro e fora do país no âmbito da referida operação contra opositores dos regimes ditatoriais do então -chamado Cone Sul.
As penas aprovadas foram aumentadas para mais de 20 anos, dependendo do caso, a maioria delas relacionadas a sequestros e execuções extrajudiciais.
A opinião não é única para os envolvidos, muitos deles respondem à justiça por vários casos, daí alguns acrescentam várias sentenças.
Entre os casos analisados pela promotoria chilena está o do ex-general Miguel Krasnov, um dos rostos mais visíveis da liderança militar repressiva e próximo do ex-ditador Augusto Pinochet (1915-2006).
A Dina foi o órgão repressivo por excelência no Chile sob as ordens da ditadura, que lhe deu plena liberdade para, pelos meios necessários, eliminar a oposição, especialmente os militantes do Partido Comunista do Chile. Seus agentes tiveram participação ativa na Operação Condor, campanha sistemática de repressão e terrorismo, que, com o apoio dos Estados Unidos, permitiu a articulação entre militares uniformizados do Chile, Argentina, Brasil, Paraguai, Bolívia e Uruguai.
O caso Krasnov é um dos mais significativos dos processos judiciais contra os expressores, com mais de 20 sentenças ratificadas pela Suprema Corte do Chile, que somam quase 900 anos de prisão.
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