“As questões surgiram quando os líderes israelenses deram avaliações anti-russas e a posição foi enquadrada apenas na direção pró-Ucraniana, e não em termos do povo ucraniano, mas apenas em apoio ao regime de Kiev, em absoluta sintonia com a voz estranha e selvagem do Ocidente”, disse o diplomata.
O representante oficial do Ministério das Relações Exteriores, falando ao Solovyov Live TV, disse que, em vista destas afirmações repetidas, é claro que o impulso para complicar as relações bilaterais com Israel não veio da Rússia.
“Absolutamente não destrutivo e, mais importante ainda, retórica tendenciosa, no mesmo nível das declarações de Tel Aviv nos últimos meses”, enfatizou Zakharova.
A esse respeito, a porta-voz destacou que atualmente, quando seu país ouve comentários de líderes israelenses sobre como algumas das ações de Moscou no caminho bilateral podem afetar as relações, “seria prudente perguntar se essas mesmas pessoas não acreditam que suas declarações já afetaram os laços entre as nações”, disse ela.
Nos últimos meses, as relações entre Moscou e Tel viv se deterioraram após a posição adotada pelas autoridades israelenses, que acrescentaram seu voto na ONU a várias medidas contra o gigante eurasiático patrocinado pelos EUA e seus aliados europeus.
O Ministério das Relações Exteriores russo descreveu isso como “uma tentativa dissimulada de explorar a situação em torno da Ucrânia para desviar a atenção da comunidade internacional de um dos mais antigos conflitos não resolvidos, o conflito israelo-palestiniano”.
Israel enviou um segundo lote de equipamentos militares para a Ucrânia em 14 de junho em meio à pressão de Washington para aumentar as entregas militares para o país europeu, revelou na ocasião o Jerusalem Post.
mem/odf/bm